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Crenças
O que são crenças?
Primeiramente é importante que você saiba que “as crenças representam uma das estruturas mais importantes do comportamento”. (DILTS, 1990, p. 24)
“Uma crença é um sentimento de certeza sobre o que algo significa” (ROBBINS, 2016, p. 18), ou seja, as crenças que desenvolvemos ao longo de nossas vidas sobre nós mesmos, sobre os outros e sobre o mundo têm um grande impacto sobre a nossa vida.
Crenças são profecias com capacidade de auto realização que influenciam os nossos comportamentos. Estas influências podem ser possibilitadoras, ou seja, crenças que ajudam você realizar algo, ou, limitadoras, crenças que impedem você de realizar algo.
Tipos de Crenças
Robert Dilts classifica as crenças em três tipos.
- Crenças sobre o significado das coisas
- Crenças sobre às causas dos acontecimentos (relação de causa e efeito)
- Crenças sobre importância (valores e critérios)
Aliado a esta classificação, eu também gosto de considerar os Níveis de Aprendizado apresentados pelo próprio Robert Dilts para compreender em qual camada (profundidade) uma crença está instalada no sistema da pessoa.
Fato é que quanto mais profunda uma crença estiver enraizada no sistema, mais complexo será o processo de mudança desta pessoa.
É possível eliminar uma crença?
Você pode dar um novo significado para uma crença, você pode ampliar as possibilidades de resposta a um estímulo interno ou externo, ou ainda, criar uma nova crença possibilitadora que sobreponha uma crença limitadora.
Fato é que não é possível eliminar uma crença do seu sistema.
O que acontece fisiologicamente, é que partir do momento em que uma nova possibilidade (conexão neural) é estabelecida no seu cérebro por uma nova crença, aquela conexão neural antiga deixa de ser utilizada como via principal pelo sistema até que esta perca a força por completo. Essa capacidade do nosso cérebro de criar novas conexões, chama-se neuroplasticidade.
Pense em uma fibra muscular. Quanto mais atividades físicas a pessoa faz em determinado grupo muscular, maiores estes músculos se tornam. Quando a pessoa deixa de fazer atividades físicas, as fibras musculares tendem a voltar para o seu estado anterior. O mesmo acontece com as conexões nervosas.
Eu posso mudar uma crença?
Sim. Na programação neurolinguística o processo de mudança de crença é chamado de prestidigitação. É importante reforçar aqui que quando me refiro a mudar uma crença, significa dar mais opções para o seu sistema, desta forma o sistema poderá tomar as decisões mais adequadas para cada contexto.
Para finalizar, eu convido você a uma reflexão sobre as suas crenças. Reflita sobre quais crenças estão limitando o seu desenvolvimento pessoal e profissional. Será que este não é o momento para você dar um novo significado para estas crenças, desenvolver ações e comportamentos vencedores?
Fato é que é fundamental que você conheça as crenças (possibilitadoras e limitantes) que estão registradas no seu inconsciente. Somente quando você conhecer o que te move é que você conseguirá criar a qualidade de vida que você deseja.
Permita-se despertar o poder do autoconhecimento que habita dentro de você.
“Até você se tornar consciente, o inconsciente irá dirigir sua vida e você vai chamá-lo de destino.”
Carl Gustav Jung
Referência Bibliográficas
DILTS, ROBERT; HALLBOM, TALL; SMITH, SUZI. CRENÇAS. Caminhos para a saúde e o bem-estar. 7. ed. São Paulo: Summus Editorial, 1990.
O’CONNOR, JOSEPH; SEYMOUR, JOHN. Introdução à programação neolinguística. Como Entender e Influenciar as Pessoas. 7. ed. São Paulo: Summus Editorial, 1990.
ROBBINS, TONY. Workbook Unleash the Power Within. Where The Possible Becomes Possible. 2016.
ROBBINS, TONY. Desperte Seu Gigante Interior. Como Assumir o Controle de Tudo em Sua Vida. 26. ed. Rio de Janeiro: Best Seller, 2015.