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O que você pode aprender com The Greatest Showman
Você já parou para pensar sobre o quanto você pode aprender com um filme? The Greatest Showman é um destes filmes que você pode extrair diversas lições e insights.
Antes de continuar a escrever este artigo me ocorreu que vale ressaltar que este não se trata de uma crítica ao filme em si, ok! Esse papel é para os críticos, eu lanço o meu olhar como Coach sobre a construção da história e evolução dos personagens. Tampouco quero entrar no mérito sobre a verdadeira história do P.T. Barnum (Hugh Jackman) versus o que foi retratado no filme.
Fato é que The Greatest Showman traz muitos aprendizados, são tantos pontos de virada durante a história que é possível captar cada dilema que Barnum enfrenta na sua vida. De Sonhador a realizador, um protagonista que dá asas a imaginação e rompe as barreiras das limitações, com brilhante capacidade de identificar talentos, cria um espetáculo com personagens “ridicularizados” pela sociedade e por muitas vezes ridicularizados inclusive por sua própria família. Porém com a suas habilidades traz cor, vida e principalmente esperança para a vida de cada uma destas pessoas. Um líder inspirador, sagaz, forte e principalmente, que consegue se reerguer a cada queda de braço travada com a vida. Foco, decisão, ação, superação, determinação, dentre outras competências, tudo isso é possível por ele acreditar em si mesmo e por poder contar com o apoio de toda a sua família e dos amigos que fez durante sua jornada.
Além do mais na minha opinião é um musical contagiante, que nos convida a refletir sobre os nossos sonhos, como reagimos frente as adversidades, como nos reinventamos e principalmente como encontramos forças para acreditar em nossos sonhos quando mais ninguém acredita.
O QUE EU APRENDI QUANDO ASSISTI “THE GREATEST SHOWMAN”
#1 Jamais permita que alguém diga a você quem você deve ser ou não
É possível imaginar o que acontecerá quando o personagem principal é apresentado ao público ainda quando criança. Barnum, filho de alfaiate, pertence a plebe, em uma época onde a segregação de classes sociais era extremamente forte. Onde os burgueses não se relacionavam com os plebeus, a menos que fosse por conta de alguma prestação de serviços. No filme, o pai de Barnum é contratado por um aristocrata para confeccionar suas roupas e durante a cena, Barnum provoca a atenção da filha deste aristocrata que tomava aulas de etiqueta na sala próxima onde seu pai tirava as medidas do pai da garota. Durante esta provocação a garota acaba rindo e acaba por derramar o seu chá em sua roupa, chamando a atenção do seu pai. Em uma atitude de reparto, Barnum, assume que provocou a risada de sua filha e acaba recebendo um tapa no seu rosto. Neste gesto carregado de cólera e preconceito, o pai da garota deseja que o rapaz jamais se aproxime de sua filha.
Nesta parte do filme podemos observar que para o pai da garota, aquele garoto provocar seus risos era uma afronta à honra da família. Afinal, como pode um filho de um alfaiate ousar estabelecer uma relação, por mínima que seja, com sua filha.
#2 Sonhe o quanto você puder e siga os seus Sonhos
Este é daqueles aprendizados dois em um. A música “A Million Dreams” interpretada por P.T. e Charity Barnum ainda em sua infância, é na verdade uma declaração de propósito. Eles interpretam a música que retrata seus sonhos “futuros” que ambos podem construir para viver no mundo que eles desejam para si. Nas cenas seguintes somos presenteados com a primeira vitória do casal, que se junta graças aos esforços de Barnum em criar as mínimas condições para poder ficar ao lado da sua amada, contrariando o pai de Charity que desejava que sua filha encontrasse alguém a sua altura. Aqui apresento o segundo aprendizado. Jamais meça alguém com a sua medida, afinal, você será limitado por suas crenças e valores.
Fato é que não importa o quão louco pareçam ser os seus sonhos, você pode realiza-los se acreditar em você. Não digo que será fácil, pois você precisará trabalhar para realiza-los, porém você nunca saberá se é capaz de fazer algo se desistir sem ao menos dar uma chance para você.
#3 Encontre alguém com quem você possa dividir seus sonhos
No filme, Charity Barnum, é a primeira pessoa a apoiar Barnum quando sofre um dos primeiros revezes ao ser despedido de uma empresa onde trabalhava como contador. Barnum, não se abate e de uma forma antiética ele consegue levantar os recursos financeiros junto a um banco para comprar um museu, algo que seria o seu primeiro empreendimento. Diante do insucesso do empreendimento Barnum, tem uma ideia para transformar o museu em um “show de horrores”. Ele decide buscar pessoas excluídas da sociedade pelas mais diversas anormalidades e as convida para integrar o seu show e que a partir daquele momento provoca a atenção do seu público que esgotam os ingressos em todas as apresentações. Porém a ambição de Barnum é grande e ele busca aliar-se a Phillip, um burguês, que produzia shows para a alta burguesia, com o propósito de levar seu show para outros lugares. Barnum vislumbra que poderia levar o show para outros públicos com a entrada de Phillip na sociedade do empreendimento, bem como criar novos shows, o que acontece quando em visita a rainha da Inglaterra ele conhece Jenny Lind, uma cantora de ópera a quem ele promete levar para os Estados Unidos e depois percorrer o mundo em turnê.
Neste aprendizado eu destaco a capacidade de Barnum em encontrar talentos e de se associar a pessoas que o ajudariam tornar seus sonhos a realidade de todos. De uma certa forma, Barnum deu voz aqueles que antes foram excluídos. Ele ajudou seus companheiros a sair do anonimato para o palco da vida, mostrando-nos que cada um de nós tem papel fundamental no palco da vida.
#4 Levante-se, reinvente-se tantas vezes quantas forem necessárias.
Como nem tudo são flores, Barnum sofre muitos revezes durante o desenvolvimento da história. Você se lembra que eu disse que de uma forma ilícita ele levantou fundos junto a um banco com a escritura de navios que tinham sido afundados e pertenciam a outra pessoa. Ele fez isso pois nenhum banqueiro naquela época acreditaria que um museu seria um negócio que possibilitaria que ele saldasse a sua dívida. Não gosto de pensar que os fins justificam os meios. Eu prefiro acreditar que somos capazes de encontrar alternativas para viabilizar os nossos projetos em nossas vidas.
Dentre os acertos e tropeços, para mim o auge da história se dá quando o teatro onde o show de horrores acontecia fora criminalmente incendiado e nesta altura o seu dinheiro estava investido em outra turnê que fracassara devido a Barnum não corresponder amorosamente à Jenny Lind e que decide abandonar a turnê quando Barnum parte para reencontrar sua família e esposa.
Sem saída, Barnum pensa em desistir, porém seus amigos o incentivam a levantar a cabeça e olhar tudo o que tinha construído até aquele momento e do que ele seria capaz de fazer, com um empurrãozinho desses e com um sócio precavido o grande espetáculo foi relançado, desta vez não em um prédio, mas sim em um circo.
#5 Perdoe-se
Por fim… não mais importante que os demais aprendizados, para mim ficou claro que uma força movia Barnum, que precisava se sentir capaz, se sentir reconhecido por aqueles que desdenharam dele, especificamente para o pai de sua esposa por quem nutria grande desafeto. Talvez esse orgulho fosse a sua ferida mortal, algo que Barnum tento a todo custo omitir de si para construir a sua realidade. Após os tropeços que o levaram a perder quase tudo, inclusive a sua família, ele se dá conta de que fez tudo sempre para provar o quão capaz era para os outros, e não por ter um propósito de transformar a vida daqueles que trabalhavam com ele, muito menos de dar uma vida confortável para sua esposa e filhas, isso tudo seria consequência do trabalho motivado pela vontade de vencer. Novamente, prefiro pensar que os fins não justificam os meios e que ter um propósito claro é o que verdadeiramente motivará uma pessoa agir.
Ah… ia me esquecendo do aprendizado principal!
#6 Deixe um legado
O seu legado é construído a cada passo que você avança e um dia chegará o momento onde você deverá transferir o bastão para que outro alguém mantenha as histórias vivas, afinal “The Show Must Go On”. Um dia você precisará ensinar outras pessoas a fazer o que você faz hoje e isso será fundamental para o seu progresso e imortalização na história.
Eu não sei você, mas eu me identifiquei demais com a história do protagonista, eu me vi dentro da história.
Talvez você tenha ficado curioso, então assista ao filme e depois responda para si mesmo.
Qual é a história que você quer contar sobre a sua vida?
REFERÊNCIAS
SUPER INTERESSANTE. Barnum: O príncipe das falcatruas. <https://super.abril.com.br/cultura/barnum-o-principe-das-falcatruas/>. Acesso em: Jan. 2018.
HISTORY VS HOLLYWOOD. The Greatest Showman (2017). <http://www.historyvshollywood.com/reelfaces/greatest-showman/>. Acesso em: Jan. 2018.